quinta-feira, 26 de maio de 2016

Religião e Política: mistura perigosa




Misturar religião e política é muito perigoso. Líderes religiosos deveriam ser proibidos de ocupar cargos políticos. Pois um líder de uma religião, seita, ou de uma dessas "igrejas" que atualmente aparecem em cada esquina, muito provavelmente vai querer "puxar a sardinha" para a sua religião, ou seja, estando em um cargo político poderoso, poderá - ou quase certamente irá - tentar influenciar para a criação de leis que incentivem a SUA religião em detrimento de outras. E isso nunca pode acontecer.


Tem havido líderes religiosos aparecendo na mídia tentando influenciar a sociedade para que as regras da sua religião sejam impostas, e consideradas as "corretas". Dizer em um programa de TV ou Rádio que - por exemplo -  a religião X é "coisa do Diabo", é um exemplo claro dessa manipulação em eliminar religiões "concorrentes". E claro que sempre com um fundo de interesse financeiro nisso. O pensamento (nunca publicamente revelado) destes líderes é: "se eu tiro fiéis da religião X, e trago para a minha, óbvio que ganharei com isso." Financeiramente falando. Alias, nâo vou elaborar aqui o que estou querendo dizer com "financeiramente", pois creio que quem segue meus textos são pessoas inteligentes e bem informadas sobre o que está acontecendo no Brasil de alguns anos para cá
.

Não se pode transformar algo subjetivo, inventado pela cabeça das pessoas, como são as religiões, em leis irrefutáveis que tem que ser seguidas porque esse ou aquele político resolveu que um país inteiro tem que seguir a religião que ele acha certo.

Religiões não tem embasamento científico nenhum para existirem ou serem consideradas indispensáveis para a existência, a vida ou mesmo o bem-estar de seres humanos. Há pessoas que se sentem bem acreditando em uma religião. Psicologicamente. Mas isso é uma escolha pessoal de cada um, não pode ser transformado em regra. Pois se passarmos a criar leis para permitir ou incentivar algumas religiões, ou lhes dar isenção de impostos, por exemplo, e para outras religiões não, então abre-se um precedente para que se imponham leis também para que se incentivem atos e comportamentos que não é todo mundo que gosta de fazer, ou será feliz em fazer, como por exemplo, usar drogas ou praticar homossexualismo. Há pessoas que fazem essas coisas? Sim, claro, há muitas. Mas há tantas outras milhões que não fazem, não gostam e não querem fazer.

Portanto, praticar ou seguir uma religião é, e tem que continuar sendo, uma ESCOLHA, não uma IMPOSIÇÃO.